Parcerias nos negócios podem ser ótimas e conseguem resultar em efeitos positivos. Mas, escolher ter ou não um sócio é uma decisão que requer cautela. É necessário pensar adiante e analisar com muito cuidado se essa sociedade realmente será boa. A princípio, a ideia de dividir custos e tarefas pode ser motivadora. E as parcerias podem surgir de uma ideia em comum, de um parentesco ou de uma oportunidade. Porém, no geral, a grande vantagem de ser ter um sócio é somar qualidades e agregar valor para aquela parceria que foi formada. Ou seja, uma parceria ideal deve complementar as qualidades um do outro. Assim como, somar forças e ideias para levar a empresa ou negócio ao sucesso.
Ter os mesmos objetivos é fundamental
Para os franqueados Filipe Souza e Wallace Cardoso, da região de Surubim-PE, a sociedade aprimorou as qualidades de ambos. A dupla trabalha em linha com o objetivo que traçaram. Eles procuram se complementar e analisar o ponto de vista de cada um, antes de tomar decisões. “Separamos bem as funções e as responsabilidades. Dentro da dinâmica do dia a dia, em alguns momentos, temos que fazer a tarefa do outro. Para isso trabalhamos em forte sintonia com a finalidade de manter o perfil de excelência que tanto perseguimos, mas sempre lembrando de quem é aquela responsabilidade para a exceção nunca se tornar regra”, explicou Filipe.
Sobre os pontos negativos e positivos, eles apontam o conflito de ideias como um mix dos dois lados: “Isso pode ser ruim quando não há a maturidade de entender o ponto de vista do outro. Mas quando se tem bem definido os objetivos, esses conflitos se tornam essenciais para o crescimento da empresa”. E completaram: “Desta forma, acreditamos que uma sociedade sadia deve partir da sinergia dos valores de cada sócio. Sendo assim, não adianta ter competências bem desenvolvidas que se complementem, se na base de sustentação ambos não tenham os mesmos valores e crenças parecidas”.
Empreender em sociedade ou sozinho?
Na PremiaPão, temos um bom índice de franquias que são lideradas por sócios. Para ter uma ideia, de outubro de 2016 até abril deste ano, ao todo, tivemos 164 franquias. E dessas, 38 unidades são comandadas por sócios. As sociedades podem ser formalizadas a partir de amizade, relacionamento e até entre familiares. Essa divisão pode ajudar ou “atrapalhar” o andamento dos negócios ou até mesmo a relação entre as pessoas envolvidas. Isso acontece pois, em meio ao trabalho, alguns conflitos podem surgir. E se for agravado para fora do âmbito profissional, pode afetar o convívio entre os envolvidos.
Para os franqueados de Franca-SP, Rui Filho e Adriana, casados e sócios, a parceria não trouxe pontos negativos. “É um trabalho cheio de desafios que nos possibilitam crescer no relacionamento e no empreendimento. Nossas competências se completam. A limitação de um encontra suporte na especialidade do outro”. Por não estarem se dedicando integralmente à franquia, o casal explicou que a divisão de tarefas ajuda a otimizar a disponibilidade reduzida: “Ainda estamos nos adaptando a esta nova realidade de sermos sócios em um empreendimento. A sociedade em família requer um pouco mais de cuidado da nossa parte, pois conciliamos tarefas de casa e do trabalho. É preciso disciplina e organização. E o principal: uma boa comunicação! Temos avançado a cada dia”, concluíram.
“Sociedade é que nem casamento”
Acho que muita gente já escutou falar nessa frase. Quem já teve sociedade sabe como manter uma boa relação entre sócios é algo fundamental para qualquer sociedade. Para o presidente da PremiaPão, Raphael Mattos, “o segredo é deixar tudo muito claro desde o primeiro momento da abertura da sociedade. Porque se for deixar pra definir quantidade de quotas, atividades de trabalho, e outras regras quando a empresa já estiver em funcionamento, pode gerar muito conflito”.
Ainda segundo ele, “as sociedades são feitas para dar muito certo. O intuito de agregar competências e unir forças complementares é excepcional para que o negócio cresça com vigor. Sem contar que o risco é dividido, e os sonhos compartilhados fazem perder o medo do fracasso ou do incerto. Já tive uma experiência ruim com sociedade, e me serviu de bastante aprendizado”.
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